Crime Chocante em Santo Estêvão
Na manhã deste domingo (21), a polícia encontrou uma mulher trans morta na Estrada da Boiadeira, na zona rural de Santo Estêvão, um município localizado no interior da Bahia. A vítima, identificada como Paulinha do Paraguaçu, foi encontrada em uma posição alarmante: sentada e encostada em uma cerca, com as mãos e a boca amarradas, o que levanta a suspeita de um ato violento e premeditado.
Investigações preliminares da Polícia Civil da Bahia (PCBA) indicam que Paulinha apresentava marcas de tiros no corpo, incluindo ferimentos na cabeça, braços, tórax e em uma das pernas. O vestido vermelho que ela usava e os tamancos pretos contrastavam com a cena de crime, que chocou a comunidade local.
Equipes do Departamento de Polícia Técnica (DPT) estiveram no local para realizar a perícia. Durante os trabalhos, foram encontradas cápsulas de munição espalhadas pela estrada, o que sugere que a ação criminosa ocorreu ali mesmo. O corpo de Paulinha foi recolhido e está sob análise para exames complementares, enquanto guias periciais foram emitidas para prosseguir com as investigações.
A Delegacia Territorial de Santo Estêvão assumiu a condução do caso, apoiada pela Delegacia de Homicídios (DH) de Feira de Santana. As autoridades buscam informações que possam levar à identificação e captura dos responsáveis por este crime brutal, que evidencia uma crescente preocupação com a segurança da população trans na região.
O caso levanta questões urgentes sobre a violência direcionada a pessoas trans, uma realidade que tem sido alarmante no Brasil. Especialistas de direitos humanos têm se manifestado sobre a necessidade de políticas públicas mais efetivas para garantir a segurança e dignidade dos indivíduos da comunidade LGBTQIA+.
Paulinha do Paraguaçu era conhecida na região, e sua morte, além de ser uma tragédia pessoal, reflete um problema sociocultural que afeta muitos. O que aconteceu com ela é um apelo por justiça e por maior conscientização sobre os direitos humanos e a proteção das minorias que ainda enfrentam riscos elevados em suas vidas cotidianas.
As investigações continuam, e espera-se que a verdade sobre o que ocorreu com Paulinha venha à tona, trazendo não apenas respostas, mas também um chamado à ação para a sociedade e as autoridades.

