Avanços e Iniciativas Culturais na UEM
A Universidade Estadual de Maringá (UEM), por meio da Diretoria de Cultura (DCU), fez um balanço das atividades realizadas em 2025 e apresentou as expectativas para 2026. O professor André Rosa, diretor de Cultura da UEM, ressaltou que o ano foi repleto de avanços significativos, com a consolidação de políticas públicas e a ampliação do alcance das iniciativas culturais da instituição.
Um dos marcos fundamentais desse período foi a implementação do Plano de Cultura da UEM. A proposta, que foi aprovada após a Conferência de Cultura, foi oficializada por meio de uma portaria em outubro deste ano. Para 2025, a DCU produziu o primeiro relatório de acompanhamento do plano, que abrangeu o intervalo de outubro de 2024 a setembro de 2025, já aprovado pelo Comitê Gestor Cultural.
De acordo com André Rosa, a comunicação se destacou como um dos grandes resultados do trabalho da Diretoria. A criação da Agenda DCU, que é veiculada pela UEM FM, juntamente com o fortalecimento das redes sociais e do portal institucional, ampliou significativamente o público alcançado. Nos últimos seis meses, as ações culturais da DCU impactaram mais de 650 mil pessoas, somando quase um milhão ao longo do ano. Programas de rádio, como o ‘Momento Aqui Tem Cultura’, foram cruciais para dar visibilidade e transparência às políticas culturais da universidade.
Iniciativas de Preservação e Valorização Cultural
Outro avanço importante foi a criação do Acervo de Arte da UEM, que organiza e disponibiliza online obras distribuídas pelos câmpus da instituição. Até o momento, mais de 120 obras estão catalogadas, e o processo continua em andamento com o objetivo de aumentar o acesso e a preservação do patrimônio artístico universitário. Além disso, a universidade também se destacou em projetos de restauro, como o da Casa do Museu da Bacia do Paraná e do Teatro Universitário de Maringá, ambos considerados peças-chave da cultura histórica local.
A Semana de Artes da UEM, em 2025, recebeu um impulso significativo com o apoio da Itaipu Binacional, beneficiando mais de seis mil pessoas e contando com a participação de cerca de 60 artistas de diversas regiões do Paraná. A programação também se expandiu para incluir o reconhecimento de manifestações culturais relacionadas a povos originários e comunidades quilombolas, um tema que deve ser aprofundado em 2026.
Perspectivas e Projetos Futuros
No que tange a pesquisa e formação, André Rosa destacou a relevância do PIB Arte – Programa Institucional de Bolsa e Incentivo à Arte, uma iniciativa ainda pouco comum entre universidades estaduais brasileiras. O primeiro Encontro Anual de Arte e Cultura (EAC) também estabeleceu um espaço importante para compartilhar a produção artística desenvolvida na UEM.
Para 2026, a descentralização cultural será uma prioridade, com a ampliação do projeto Gira Cultura UEM, que levará atividades para os câmpus regionais e outras cidades do Noroeste do Paraná. O diretor expressou expectativas de fortalecer parcerias com o Núcleo Regional de Cultura, ampliando o alcance territorial do projeto.
Além disso, André Rosa mencionou a possibilidade inovadora de criar um programa estadual de fomento exclusivo para arte e cultura nas universidades estaduais do Paraná. Essa iniciativa, que está em fase avançada de discussão, pode representar um grande avanço no financiamento das ações culturais universitárias.
A DCU também progrediu em articulações em redes, estabelecendo parcerias interinstitucionais e participando do Fórum Nacional de Gestores de Cultura das Instituições Públicas de Ensino Superior (FACULT). O fortalecimento de iniciativas como a Rede de Museus e programas de memória e acervo também foram destacados como passos importantes.
Compromisso com a Cultura
Ao encerrar o balanço, o diretor reafirmou o compromisso da UEM com a cultura por meio do selo “Ocupa UEM – Arte e Cultura”, que simboliza a responsabilidade sociocultural da universidade em relação ao espaço público e à sociedade. Para 2026, André Rosa aponta como horizonte a consolidação dessas políticas, com a possibilidade de a UEM se tornar a primeira universidade estadual do Paraná a contar com uma Pró-Reitoria de Cultura, aprofundando ainda mais seu papel na produção cultural e no diálogo com a comunidade.

