Iniciativa do Ministério da Saúde busca melhorar acesso à saúde em áreas remotas
O Programa Mais Médicos está reforçando o atendimento à saúde indígena com a alocação de 32 novos profissionais em 17 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). A distribuição dos médicos é feita conforme as necessidades de cada DSEI, considerando a logística e a realidade epidemiológica local.
O secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Weibe Tapeba, enfatizou que a intenção é diminuir a espera por atendimentos e garantir um cuidado contínuo às comunidades indígenas. “Esses novos profissionais permitirão que o programa atenda uma população mais ampla, incluindo aqueles que residem em regiões isoladas”, destacou.
Os DSEIs que receberam reforço no atendimento incluem locais como Alto Rio Negro, Alto Rio Solimões, Bahia, entre outros, abrangendo estados como Amazonas, Bahia, Mato Grosso do Sul, e Pará. Essa expansão é crucial para atender a população indígena que, frequentemente, enfrenta dificuldades para acessar serviços de saúde.
Além da distribuição de médicos, os novos integrantes do programa passaram por um treinamento obrigatório, que incluiu o Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv). Essa etapa formativa é especialmente voltada para profissionais formados no exterior que desejam atuar na saúde indígena.
Durante as aulas, as equipes técnicas da Secretaria de Saúde Indígena (SESAI) abordaram tópicos fundamentais para o trabalho em um ambiente que abriga diversas culturas. Entre os temas discutidos estavam a Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (PNASPI), pré-natal e saúde da mulher indígena, além de questões como medicinas tradicionais e cuidados com acidentes envolvendo animais peçonhentos.
Aumento Significativo na Cobertura Assistencial
A expansão do Mais Médicos tem trazido resultados positivos na cobertura assistencial nas comunidades indígenas nos últimos anos. De acordo com dados recentes, o programa, que contava com 188 médicos em 2022, agora soma 675 profissionais atuando nos 34 DSEIs, representando um impressionante aumento de 259% na sua capacidade de atendimento.
Essa ampliação não apenas reflete um compromisso com a saúde das populações indígenas, mas também evidencia a necessidade de um fortalecimento contínuo na infraestrutura de saúde em áreas rural e remota. O acesso à saúde de qualidade é um direito básico, e iniciativas como essa são fundamentais para promover a equidade no atendimento a todos os cidadãos brasileiros, independentemente de sua localização.

