Operação Letal no Rio de Janeiro
A Bahia lamenta a perda de um de seus cidadãos em uma megaoperação que se tornou a mais letal da história do estado. De acordo com informações do Palácio Guanabara, a operação foi desencadeada contra a facção Comando Vermelho no Rio de Janeiro. Entre os falecidos, está Júlio Souza Silva, de 26 anos, natural de Salvador. O jovem já havia enfrentado o sistema prisional por acusações de tráfico de drogas e estava cumprindo pena em regime semiaberto.
Relatos da TV Bahia indicam que um dos fuzis apreendidos durante a ação pertencia a Júlio, que exibia um emblema da bandeira da Bahia em sua alça. Embora os primeiros relatórios mencionassem a morte de dois baianos, o secretário de segurança pública da Bahia, Marcelo Werner, confirmou em entrevista à emissora que apenas um baiano havia perdido a vida na operação.
No contexto da operação realizada nesta terça-feira (28), Júlio Souza Silva foi identificado como um dos suspeitos que perderam a vida. O secretário Werner destacou a colaboração contínua da equipe baiana com os agentes do Rio de Janeiro, visando a identificação e qualificação dos criminosos detidos. “Estamos em contato constante para ajudar na identificação dos alvos da operação”, enfatizou.
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Identificação de Suspeitos e Prisões
Além da trágica morte de Júlio, a operação resultou na captura de outros dois baianos, que foram identificados como Marlon Niza Júnior e Rauflan Santos Costa. Marlon, que estava foragido, possuía um mandado de prisão por um duplo homicídio ocorrido em 2021. Rauflan também era procurado pelas autoridades por envolvimento com o tráfico de drogas. Ambos foram encontrados em uma residência na Vila Cruzeiro, uma das áreas alvo da operação.
A megaoperação contou com a participação de cerca de 2.500 agentes das forças de segurança do Rio de Janeiro, iniciando nas primeiras horas da manhã de terça-feira (28). Essa ação faz parte da Operação Contenção, uma estratégia estabelecida pelo governo estadual para combater a expansão da facção criminosa em diversas regiões fluminenses.
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Números Alarmantes da Violência
As consequências da operação foram alarmantes, com relatos de 130 mortes sendo inicialmente divulgados. O governo do Rio, em balanço oficial, reconheceu 58 mortes, das quais 54 estavam relacionadas a criminosos. O governador Cláudio Castro, do PL-RJ, não esclareceu a discrepância entre os números inicialmente informados e os posteriormente confirmados.
Durante a madrugada desta quarta-feira (29), moradores do Complexo da Penha transportaram pelo menos 72 corpos para a Praça São Lucas, uma das principais vias da região. Até o fechamento desta reportagem, não estava claro se esses corpos estavam incluídos na contagem oficial, o que poderia elevar ainda mais a trágica soma de vidas perdidas.
O secretário da PM, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, afirmou que os corpos levados para a rua não estavam contabilizados nas informações oficiais até então.
Balanço da Operação e Consequências
Até agora, foram confirmados 54 suspeitos mortos em confrontos, com nove agentes de segurança baleados, dos quais ao menos dois foram mortos. Três civis também foram feridos durante a ação: um homem em situação de rua foi atingido por uma bala perdida e levado para o Hospital Getúlio Vargas; uma mulher que estava em uma academia recebeu alta; e um homem foi ferido em um ferro-velho. Além disso, mais de 80 pessoas foram detidas.

