Operação Freedom: Detenções e Conflitos na Bahia
Na manhã desta terça-feira (4), a Polícia Civil da Bahia prendeu ao menos 35 pessoas suspeitas de integrar o crime organizado, em uma grande operação destinada a combater a facção criminosa Comando Vermelho (CV). A operação, batizada de Freedom, foi planejada para desarticular o núcleo armado e financeiro do CV no estado e contou com o respaldo da Polícia Militar da Bahia, da Polícia Civil do Ceará e da Polícia Federal (PF).
A operação se estendeu por diversas localidades, incluindo Salvador, Eusébio, Ilhéus e Aratuípe, onde mandados judiciais estão sendo cumpridos. Durante a ação, a Justiça também autorizou o bloqueio de 51 contas bancárias associadas aos investigados, indicando o alcance financeiro da facção criminosa.
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Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública da Bahia, um homem foi baleado e morto ao reagir à abordagem dos policiais. Ele não era alvo dos mais de 90 mandados de prisão executados, mas possuía um histórico criminal e era conhecido por sua suposta participação em ataques a grupos rivais do CV na região. O confronto ocorreu no bairro Uruguai, na Cidade Baixa de Salvador, onde os agentes tentaram prender alguns dos investigados.
A Operação Freedom é o resultado de investigações que começaram em 2022, revelando que os principais alvos são suspeitos de envolvimento em cerca de 30 homicídios em Salvador e de expandir as atividades do Comando Vermelho para diversas cidades baianas.
Entre os detidos está um casal considerado líder da facção em Salvador. O homem, cuja identidade não foi divulgada, é acusado de coordenar o tráfico de drogas e os ataques a seus adversários, enquanto sua parceira é identificada como a responsável pela parte financeira da organização criminosa. Ambos foram capturados na cidade de Eusébio, situada na região metropolitana de Fortaleza (CE).
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Ação Coordenada: Uma Semana Após a Operação Contenção no Rio de Janeiro
A operação na Bahia ocorre exatamente uma semana após a Polícia Civil do Rio de Janeiro realizar a Operação Contenção, que também teve como alvo o Comando Vermelho. Essa ação gerou controvérsias, recebendo críticas de organizações de direitos humanos, de associações comunitárias e de analistas, mas foi vista de forma positiva por parte da população carioca.
A Operação Contenção resultou em 121 mortes, incluindo a de quatro policiais, e cumpriu 20 dos 100 mandados de prisão solicitados durante a ação nos complexos do Alemão e da Penha. No total, 113 prisões em flagrante foram registradas, mas o principal alvo da operação, Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, não foi encontrado e permanece foragido.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, considerou a ação policial como um “sucesso”. Em contrapartida, a Anistia Internacional criticou os resultados, classificando-os como “desastrosos”, especialmente em um contexto em que 2,5 mil policiais civis e militares foram envolvidos sem apoio federal.
