Prova Nacional Docente: um marco para a educação no Brasil
No último domingo (26), professores de diversas regiões do Brasil participaram da primeira edição da Prova Nacional Docente (PND), um exame que promete ser uma importante ferramenta de seleção para o magistério público no país. Ingrid Nascimento Abreu, professora de 60 anos da rede municipal de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, chegou ao Colégio Estadual Julia Kubitschek, no centro do Rio, antes da abertura dos portões ao meio-dia. Com quatro anos de experiência no ensino infantil e na educação de crianças autistas, Ingrid manifestou seu desejo de atuar em regiões que precisam de profissionais qualificados, mencionando a importância da prova. “Onde estiver precisando, eu gostaria de ser chamada, seja em áreas quilombolas, indígenas ou em qualquer lugar em que a educação seja necessária. Essa prova oferece a possibilidade de realizar um concurso nacional na sua cidade. O governo está focado na educação, que é a base de tudo”, declarou.
Conhecida informalmente como o “Enem dos Professores” ou “CNU dos Professores”, a PND se estabelece como um critério que as redes públicas de ensino poderão usar a partir de 2026 para selecionar docentes, seja de forma única ou complementar. Neste ano, 1.086.914 candidatos se inscreveram para o exame, demonstrando o interesse e a necessidade de valorização da profissão.
A visão dos profissionais da educação
Outro participante, Vagner Bastos, de 64 anos, é professor da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e do ensino médio, e expressou sua expectativa em utilizar a oportunidade proporcionada pela PND para atuar em áreas periféricas do estado do Rio. “Quero expandir as fronteiras com essa linda iniciativa do governo federal, que nos permite levar a educação a outros lugares. A educação não é apenas a base, mas o princípio para uma sociedade mais democrática”, afirmou Bastos, que já está na profissão há dois anos.
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A prova também atraiu jovens educadores, como Fernanda Lima Figueiredo da Silva, de 25 anos, recém-formada em Letras pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). Ela enxerga a PND como sua primeira oportunidade de emprego. “Estou com todo o conteúdo fresco na cabeça. Minha expectativa é alta e estou preparada”, disse Fernanda, que almeja trabalhar no Colégio de Aplicação da Uerj.
Detalhes da Prova Nacional Docente
A PND tem duração de cinco horas e meia e segue a mesma matriz de avaliação teórica do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) voltado para as licenciaturas. A prova consiste em duas partes, sendo que a primeira aborda a formação geral destinada a todos os docentes, enquanto a segunda é composta por questões específicas. O edital da PND 2025 indica que a formação geral terá 30 questões objetivas e uma discursiva, abordando temas relevantes à formação docente.
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A parte específica será composta por 50 questões de múltipla escolha, abrangendo 17 áreas de licenciatura, incluindo artes visuais, ciências biológicas, ciências sociais, computação, educação física, filosofia, física, geografia, história, letras (inglês e português), matemática, música, pedagogia e química.
Impacto e adesão
Nesta edição, 1.508 municípios, incluindo 18 capitais e 22 secretarias estaduais de educação, se inscreveram para participar da prova de forma voluntária. O Ministério da Educação (MEC) destaca que a PND tem como principal objetivo incentivar a realização de concursos públicos e aumentar o número de professores efetivos nas redes de ensino em todo o Brasil.

